Que treta, acabei de me chatear com um colega de trabalho de que até gosto bastante... ou melhor chateada já eu andava há algum tempo... é que este meu colega que é muito porreiro, toda a gente gosta dele, é simpático e divertido, é também muito chato e acho que não tem noção de quando se torna desagradável...
Eu sou de uma zona agrícola, conheço muito bem a horta e o que por lá se faz, só que... detesto, pura e simplesmente detesto, para mim horta significa sacrifício, significa passar todos os meu dias de férias na torreira do sol, ou à chuva, significa dor e nenhum prazer, significa não ter tido férias como as outras crianças, significa trabalhar quando não estava na escola, significa não ter visto os programas de que todos os meus amiguinhos falavam, significa não ter ido à praia nos dias de férias, significa odiar todo e qualquer tipo de férias, significa olhar para o calendário e ver que o mês de Junho ainda não acabou, que ainda falta Julho, Agosto e um pouco de Setembro, para poder voltar à escola e ficar livre da horta e do trabalho que lá tinha de fazer (leve, é certo, mas privada de férias e da liberdade que as crianças e os adolescentes têm).
A horta para mim significa ver os meus pais a sofrer por trabalharem mais de 14 horas por dia, por quase não descansarem, por terem um trabalho que é tão físico que desgasta o corpo e envelhece as pessoas antes do tempo...
E sobre o que é que este meu colega resolve falar sempre que está perto de mim? Sobre o que é que ele gosta de dar palpites?
De horta e de enxadas, e de que eu devia trabalhar na horta, porque aquilo é que é vida, eu bem que lhe tentei explicar que não era assim, que na horta não há pausas para café, que na horta não há horários, que na horta não há tempo para ir ao ginásio, que a horta não deixa tempo para nada, mata, destrói e corroí o corpo e até mesmo a mente, pois gerir uma empresa agrícola é tão ou mais difícil que gerir outra empresa, prazos demasiado curtos e pôr a mão na massa (neste caso terra), tal como os outros empregados...
Mas infelizmente este meu colega nunca ouviu nada do que eu lhe disse tantas vezes, continuando a falar sobre as mesma coisas, de todas as vezes que aqui vinha (eu estou ao lado da máquina do café, por isso imaginem a quantidade de vezes), até que hoje eu explodi...
Estava a almoçar na copa, sozinha, quando ele aparece e a primeira coisa que me diz é: Hoje vi uma enxada no Pingo Doce...
epá...
passei-me, disse-lhe que ele me estava a faltar ao respeito, que ele não tinha o mínimo respeito por mim, que eu estava farta de lhe pedir que não me me falasse sobre coisas que me lixam o humor, e que mesmo assim ele continuava, que a conversa era sempre a mesma, que ele me deixava de mau humor sempre que falava sobre horta... o homem ficou sem resposta, mas mesmo assim ainda tentou falar na horta... isso deixou-me "piursa"... virei-lhe as costas e não lhe falei mais...
Eu sei que sou má... mas... fogo não há pachorra para estar sempre a ouvir falar sobre as coisas que nos trazem más memórias...
PS: não é só sobre a horta que ele costuma falar, é também sobre o facto de querer que eu vá ao ginásio que ele frequenta (eu Odeio ginásios, com O maiúsculo), sobre a forma como eu me sento, sobre a mão que coloco na cara quando estou concentrada, e o melhor de tudo, são os encontrões que ele me dá na cadeira, sabendo que tenho problemas de coluna... não, não são sem querer...
Eu sou de uma zona agrícola, conheço muito bem a horta e o que por lá se faz, só que... detesto, pura e simplesmente detesto, para mim horta significa sacrifício, significa passar todos os meu dias de férias na torreira do sol, ou à chuva, significa dor e nenhum prazer, significa não ter tido férias como as outras crianças, significa trabalhar quando não estava na escola, significa não ter visto os programas de que todos os meus amiguinhos falavam, significa não ter ido à praia nos dias de férias, significa odiar todo e qualquer tipo de férias, significa olhar para o calendário e ver que o mês de Junho ainda não acabou, que ainda falta Julho, Agosto e um pouco de Setembro, para poder voltar à escola e ficar livre da horta e do trabalho que lá tinha de fazer (leve, é certo, mas privada de férias e da liberdade que as crianças e os adolescentes têm).
A horta para mim significa ver os meus pais a sofrer por trabalharem mais de 14 horas por dia, por quase não descansarem, por terem um trabalho que é tão físico que desgasta o corpo e envelhece as pessoas antes do tempo...
E sobre o que é que este meu colega resolve falar sempre que está perto de mim? Sobre o que é que ele gosta de dar palpites?
De horta e de enxadas, e de que eu devia trabalhar na horta, porque aquilo é que é vida, eu bem que lhe tentei explicar que não era assim, que na horta não há pausas para café, que na horta não há horários, que na horta não há tempo para ir ao ginásio, que a horta não deixa tempo para nada, mata, destrói e corroí o corpo e até mesmo a mente, pois gerir uma empresa agrícola é tão ou mais difícil que gerir outra empresa, prazos demasiado curtos e pôr a mão na massa (neste caso terra), tal como os outros empregados...
Mas infelizmente este meu colega nunca ouviu nada do que eu lhe disse tantas vezes, continuando a falar sobre as mesma coisas, de todas as vezes que aqui vinha (eu estou ao lado da máquina do café, por isso imaginem a quantidade de vezes), até que hoje eu explodi...
Estava a almoçar na copa, sozinha, quando ele aparece e a primeira coisa que me diz é: Hoje vi uma enxada no Pingo Doce...
epá...
passei-me, disse-lhe que ele me estava a faltar ao respeito, que ele não tinha o mínimo respeito por mim, que eu estava farta de lhe pedir que não me me falasse sobre coisas que me lixam o humor, e que mesmo assim ele continuava, que a conversa era sempre a mesma, que ele me deixava de mau humor sempre que falava sobre horta... o homem ficou sem resposta, mas mesmo assim ainda tentou falar na horta... isso deixou-me "piursa"... virei-lhe as costas e não lhe falei mais...
Eu sei que sou má... mas... fogo não há pachorra para estar sempre a ouvir falar sobre as coisas que nos trazem más memórias...
PS: não é só sobre a horta que ele costuma falar, é também sobre o facto de querer que eu vá ao ginásio que ele frequenta (eu Odeio ginásios, com O maiúsculo), sobre a forma como eu me sento, sobre a mão que coloco na cara quando estou concentrada, e o melhor de tudo, são os encontrões que ele me dá na cadeira, sabendo que tenho problemas de coluna... não, não são sem querer...