Ontem sufoquei, durante alguns segundos/minutos não consegui respirar, sabia que se não conseguisse inspirar ia morrer e nunca me senti tão lúcida.
Tentámos a manobra de Heimlich, mas não funcionou.
Lembro-me de me olhar no espelho, ver as lágrimas a correr pelo meu rosto e pensar que tinha de respirar, porque se não o fizesse ia morrer, lembro-me da calma que sentia (como foi possível), lembro-me de pensar que tinha de conseguir tirar aquilo de dentro da minha garganta.
E consegui, hoje estou a sofrer as consequências de ter arranhado a minha garganta por dentro, de ter usado os dedos e ter conseguido tirar aquilo, um pequeno osso, que sem querer inspirei, lembro-me da primeira golfada de ar e da cara do Balsagode, mais branco que eu, mais aflito que eu.
Lembro-me de pensar o quão perto estive de morrer e de como ainda não tinha vivido tudo, de como ainda não tinha dito "Amo-te" às pessoas que amo as vezes suficientes.
E penso em Deus, e só lhe posso agradecer, pois a lucidez que mantive, a calma, o pensamento, foi obra dele.
Agradeço por estar viva!
Tentámos a manobra de Heimlich, mas não funcionou.
Lembro-me de me olhar no espelho, ver as lágrimas a correr pelo meu rosto e pensar que tinha de respirar, porque se não o fizesse ia morrer, lembro-me da calma que sentia (como foi possível), lembro-me de pensar que tinha de conseguir tirar aquilo de dentro da minha garganta.
E consegui, hoje estou a sofrer as consequências de ter arranhado a minha garganta por dentro, de ter usado os dedos e ter conseguido tirar aquilo, um pequeno osso, que sem querer inspirei, lembro-me da primeira golfada de ar e da cara do Balsagode, mais branco que eu, mais aflito que eu.
Lembro-me de pensar o quão perto estive de morrer e de como ainda não tinha vivido tudo, de como ainda não tinha dito "Amo-te" às pessoas que amo as vezes suficientes.
E penso em Deus, e só lhe posso agradecer, pois a lucidez que mantive, a calma, o pensamento, foi obra dele.
Agradeço por estar viva!