terça-feira, 17 de novembro de 2009

Violência Doméstica


Pois é, nunca pensei que vivesse um caso destes na minha família, mas passou-se.
É muito estranho (e doloroso) saber que alguém que nos é querido foi agredido, tanto física como psicologicamente. É estranho pensar que se está a passar na nossa família.

O mais estranho é pensar "Porquê?", "Ela é tão fixe...tão meiguinha".
Pois, não sei, não compreendo, nem consigo! Porque, por mesmo que se eu terminasse a minha relação e esse fim tivesse sido muito mau, eu (repito Eu) não iria partir para a agressão. Mas foi o que se passou pela cabeça daquela besta (e esta é a palavra mais adequada para o classificar), encontrou-a na rua e deu-lhe uma valente coça sem mais nem porquê.

Neste momento tenho muito orgulho nela, porque esta situação já se tinha passado em casa, mas como na cabeça dela "eram apenas uns estalos" e porque "devia ser culpa dela" (isto foi ela que me disse) ela "deixou passar", depois terminaram e aconteceu esta passagem, bem mais terrível e fora do controle, na rua, com hipótese de estar a passar um polícia que o prendesse no momento (pena não ter acontecido).

A reacção dela é o que mais me orgulha, depois de ter ido ao hospital, foi directa à Polícia apresentar queixa contra "a besta", não ficou mais de braços cruzados.

Esta força que lhe deu devia dar a todas as mulheres que passam por estas situações cruéis, terríveis sem explicações possíveis.

Se alguém ler este relato e estiver a pensar fazer o que ela fez, faça-o.

P.S.: E para quem pensa que isto acontece só aos casais com mais de um certo tempo de casado e que pertencem a uma faixa etária estereotipada, enganem-se, aconteceu-lhe e eles namoravam há menos de um ano e tem os, os dois, entre 20 a 25 anos.

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